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Padrões de beleza: participe dessa mudança!

Sim, os padrões de beleza ainda existem! Mas calma, estamos mudando pouco a pouco e você pode fazer parte dessa transformação. Não podemos negar que os padrões de beleza, muitas vezes cristalizados em nosso inconsciente, são ainda bastante levados em consideração. Padrões estes que mantém a ideia de que para ser entendida como bonita e […]

Padrões de beleza: participe dessa mudança!

Sim, os padrões de beleza ainda existem! Mas calma, estamos mudando pouco a pouco e você pode fazer parte dessa transformação. Não podemos negar que os padrões de beleza, muitas vezes cristalizados em nosso inconsciente, são ainda bastante levados em consideração. Padrões estes que mantém a ideia de que para ser entendida como bonita e […]

Sim, os padrões de beleza ainda existem! Mas calma, estamos mudando pouco a pouco e você pode fazer parte dessa transformação.

Não podemos negar que os padrões de beleza, muitas vezes cristalizados em nosso inconsciente, são ainda bastante levados em consideração. Padrões estes que mantém a ideia de que para ser entendida como bonita e perfeita, temos que ser magras até certo ponto e curvilíneas até certo ponto também. Cor da pele e textura do cabelo, olhos, espessura dos lábios e nariz entram também nessa equação.

Mas aí a reflexão é imediata! O que dizer então das mulheres gordas, das mulheres de corpo maior, das mulheres negras? Onde caberiam tantos corpos plurais que existem nas diferentes partes do mundo? Não haveria beleza nestes corpos diversos? CLARO QUE SIM! E este foi o tensionamento inicial: entender que corpos diferentes são, nas suas especificidades, lindos!

Vale lembrar aqui que os padrões de beleza são inalcançáveis para a grande maioria de pessoas. Por isso, persegui-los pode ser cansativo, desgastante e frustrante.

O primeiro passo é o diálogo e ele vem sendo fomentado por gerações. O “tensionamento” dessa discussão tem sido intenso, mas muito rico para todos aqueles e aquelas que se dispõem a abrir realmente os olhos e a entender que a beleza é plural, é múltipla e diversa!

Depois, é hora de falar com você mesma! Estamos justamente neste processo que eu gosto de chamar de “reprogramação mental”. Reprogramar o nosso olhar, ressignificar o que é belo. Encontrar beleza em nós mesmas é um aprendizado, mas garanto! Além de valer a pena, é LIBERTADOR!

Leita também: Por que não esconder suas cicatrizes? Aprenda a ressignificá-las e seja feliz.

Ah! Uma coisa muito importante de lembrar é que essa mudança é reflexo de uma transformação cultural e social que pode – e provavelmente vai – levar um tempo, quiçá gerações. Mudanças que estão também ligadas aos movimentos sociais e políticos, principalmente das mulheres, que entenderam ao longo do tempo que estes padrões limitavam não apenas suas noções de beleza, mas também de existência.

A discussão sobre estética, beleza e autoestima entraram de uma vez por todas em vários espaços, ampliando a noção de pertencimento e fortalecimento de identidade de muitas pessoas.

O lado bom é que “uma coisa puxa a outra” e, por isso, outros processos começam a acompanhar este movimento. Não apenas pessoas, mas empresas e marcas passam a também normalizar e valorizar a existência de representações diferentes.

Leita tambémRepresentatividade da mulher negra no mercado de beleza

Eu sou uma mulher negra e, para uma pessoa como eu, essa discussão é de extrema importância. Afinal, autoestima transforma. Olhar no espelho e se amar, se gostar, faz toda a diferença na forma que conduzimos nossa vida, seja no trabalho, seja no âmbito pessoal, em todos eles.

Eu, mulher preta, de pele escura, com dreads naturais no cabelo e corpo volumoso escrevo este texto para vocês, como embaixadora Salon Line, já como resultado também de todo este processo, que é meu, mas é também coletivo. Hoje reconheço meu corpo como belo e quero ser representada em todos os lugares. E eu, e outras mulheres pretas, também consumimos a partir da valorização de nossa estética.

Foto APX Texto Padroes de Beleza 600x800 - Padrões de beleza: participe dessa mudança!

E agora? Vamos para onde? Qual o próximo passo?

Como continuidade desta discussão toda, vejo a gente indo para um lugar de “normalização da nossa existência”.

Primeiro, por uma questão de organização e compreensão dos grupos aos quais fazemos parte, precisamos nos colocar sempre em perspectiva de um agrupamento, quase como se fosse um sobrenome que a gente carrega por causa das nossas características, por exemplo: a beleza “negra”, a beleza “plus size”.

O próximo passo é a naturalização dessas belezas, ou seja, entendermos, automaticamente, que toda essa diferença pode ser bela. Simplesmente porque ela é bela.

Vamos nessa?

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Ana Paula Xongani

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